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Regiões Vitivinícolas de Portugal - VINHO VERDE

Os vinhos nesta região podem ter as seguintes:
- IGP Minho
(indicação geográfica protegida)
- DOP Vinho Verde
(denominação de origem protegida)



A Denominação de Origem está dividida nas seguintes Sub-Regiões:
(a Região dos Vinhos Verdes tem nove Sub-Regiões para os produtos abrangidos pelos Estatutos da Região Demarcada que podem ser utilizados como complemento da Denominação de Origem)
1. Monção e Melgaço
2. Lima
3. Cávado
4. Ave
5. Basto
6. Sousa
7. Amarante
8. Paiva
9. Baião



Começamos esta viagem pelas Regiões Vitivinícolas de Portugal com a maior, em termos de denominação de origem, contando com uma área aproximada de 24.000 hectares, que se encontra dividida em milhares de pequenas parcelas, algumas mesmo muito pequenas, e que ocupa quase por completo todo o noroeste de Portugal Continental.
F
az fronteira a norte com o Rio Minho e a sul com o Rio Vouga, descendo a costa atlântica até ao Porto.

O nome da região vitivinícola, Vinho Verde, tem duas explicações mais comuns.
Uma delas afirma que se deve ao facto da acidez e da frescura dos vinhos dali fazerem lembrar a fruta ainda "verde".
A outra diz que se deve ao facto daquela região ser muito verde, mesmo no Inverno, com muita vegetação e árvores, mantendo-se "verde" o ano inteiro.

Infelizmente, este nome induz o consumidor a pressupôr que o "vinho verde" é um "tipo de vinho" não-maduro, gaseificado ou leve, que também se produz na região.
Mas os Vinhos Verdes podem ser, igualmente, como nas outras regiões de Portugal, divididos entre Brancos, Rosés e Tintos, e sim, maduros.

Como podemos comprovar através das palavras de Rui Falcão:

«E no entanto, apesar de poucos o perceberem, a pergunta é completamente descabida, errónea e sem qualquer fundamento lógico que a possa justificar ou sequer fundamentar. Tal distinção, entre vinho verde e vinho maduro, não tem hoje qualquer suporte ou fundamento, apresentando-se como uma injustiça atroz para com os vinhos brancos e tintos da região do Vinho Verde. Ao sugerir implicitamente que os vinhos da região são elaborados com uvas que não atingiram a plena maturação estamos a condenar a região do Vinho Verde a um estatuto de menoridade, colocando os vinhos da região num patamar pouco abonatório na hierarquia do vinho português.
Há que dizê-lo com voz clara, Vinho Verde não é um estilo de vinho mas sim o nome de uma região demarcada, uma DOC (denominação de origem controlada).»
Leia o texto do Rui Falcão na íntegra clicando aqui.


Voltando ao mapa, ao longo dos vales dos principais rios encontramos a maior concentração das vinhas, os solos são graníticos, muito férteis e imprimem uma acidez elevada às uvas.
A denominação de origem está dividida em nove sub-regiões diferentes: Monção e Melgaço, Lima, Cávado, Ave, Basto, Sousa, Amarante, Paiva e Baião.
A mais distinta de todas é a de Monção e Melgaço, e a mais conhecida, por estar protegida da influência marítima por barreiras naturais orográficas, o clima tem características continentais que transmitem ao vinho mais corpo e mais teor alcoólico do que nas restantes sub-regiões.

As castas tintas permitidas no IGP Minho são: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Alvarelhão, Amaral, Aragonez (Tinta Roriz), Baga, Borraçal, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Castelão (Periquita), Doçal, Doce, Espadeiro, Espadeiro Mole, Grand Noir, Jaen, Labrusco, Merlot, Mourisco, Padeiro, Pedral, Pical, Pinot Noir, Rabo de Anho, Sousão, Syrah, Tinta Barroca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Verdelho Tinto, Verdial Tinto e Vinhão.
E as castas brancas permitidas são: Alvarinho, Arinto (Pedernã), Avesso, Azal, Batoca, Caínho, Cascal, Chardonnay, Chenin, Colombard, Diagalves, Esganinho, Esganoso, Fernão Pires (Maria Gomes), Folgasão, Godelho, Lameiro, Loureiro, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Müller-Thurgau, Pinot Blanc, Pintosa, Rabo de Ovelha, Riesling, São Mamede, Semilão, Sercial (Esgana Cão), Tália, Trajadura e Viosinho.
Nota: Em itálico, entre parêntesis, são indicados os sinónimos reconhecidos.

 
As castas tintas permitidas na DOP Vinho Verde são:
Alvarelhão, Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro, Pedral, Rabo de Anho e Vinhão.
E as castas brancas permitidas são: Alvarinho, Arinto (Pedernã), Avesso, Azal, Batoca, Loureiro e Trajadura.
Nota: Em itálico, entre parêntesis, são indicados os sinónimos reconhecidos.

O clima é considerado, na região, de influência marítima e continental.
Os solos são graníticos, na maior parte, com alguma pedra rolada na sub-região de Monção e Melgaço.
A condução das vinhas é bastante diversa e original, indo desde a conhecida "vinha de enforcado", com as cepas entrelaçadas e a pender das árvores, até à condução em pérgola (latada), passando pela cruzeta
, até ao mais actual cordão simples: para ver ao pormenor as diferentes formas de condução (com imagens), clique aqui.







FONTES: IVV & WinesOfPortugal

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