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Regiões Vitivinícolas de Portugal - TEJO

Os vinhos nesta região podem ter as seguintes:
- IG Tejo
(indicação geográfica protegida)
- DO Tejo
(denominação de origem controlada / denominação de origem protegida)



A Denominação de Origem está dividida em sete Sub-Regiões:
(a Região do Tejo é composta por 6 Sub-Regiões)
1. Tomar
2. Santarém
3. Chamusca
4. Cartaxo

5. Almeirim
6. Coruche



Situada no centro de Portugal, a região Tejo possui inegáveis condições naturais para o desenvolvimento das actividades agrícolas, florestais e pecuárias. 
Constituída por um património histórico rico, das ruínas romanas aos castelos góticos, passando pelos mosteiros Manuelinos e indo até aos vilarejos medievais empoleirados em colinas, reivindica tesouros históricos ao longo dos tempos.
Para nós, portugueses doutras paragens, o Tejo é conhecido como a terra das vinhas e dos olivais, das florestas de sobreiro e do gado Mertolengo, e, claro, dos famosos cavalos Lusitanos.

A viticultura tem, portanto, raízes profundas no Tejo, sendo esta região vitivinícola anteriormente conhecida como Ribatejo, uma das mais antigas regiões produtoras de vinho no país.
Desde os tempos dos romanos que as vinhas se estendiam pelas margens do rio Tejo e desses tempos e influências ainda hoje são visíveis, nomeadamente em obras arquitectónicas que pontuam a paisagem.

A partir de 2009 a região tem sido simplesmente chamada Tejo, uma homenagem ao rio que definiu a sua paisagem, clima e economia durante séculos.
O rio é também responsável por moldar os terroirs distintos da região do Tejo, tornando as planícies ao redor e margens do rio um terreno ideal para cultivar uvas autóctenes de Portugal.

Os vinhos do Tejo são alguns dos vinhos mais vibrantes e acessíveis que se produzem em Portugal, actualmente, oferecendo uma vasta gama de estilos, consensuais, com o principal foco na qualidade.

As castas tintas autóctones do Tejo incluem a nobre Touriga Nacional bem como as castas Trincadeira (Tinta Amarela a norte), Castelão (Periquita) e Aragonês (Tinta Roriz no Douro);
o aromático Fernão Pires (Maria Gomes) e o acídulo Arinto (Pedernã no Minho) produzem alguns dos vinhos brancos mais refrescantes da região.
Todas estas castas prosperaram em climas quentes e solos complexos, como estes da região do Tejo, mantendo uma elevada acidez natural, que leva a vinhos frutados, equilibrados e vibrantes.

Partilhando a terra com antigas vilas, olivais e Montados de Sobro, as quintas do Tejo - cada uma com a sua própria história e estilo único - estão unidas por um objetivo comum: a produção de vinhos de alta qualidade, que expressem as características únicas do terroir do qual são provenientes as uvas.
O resultado são vinhos que incorporam o entusiasmo, empenho e natureza colaborativa de produtores portugueses apaixonados que acreditam no terroir muito especial que define a região do Tejo.

Entre as tradições únicas e distintas da região estão: a pisa a pé (método tradicional que consiste em esmagar e pisar uvas sob os pés); colheita em comunidade (mulheres locais colhem os frutos maduros enquanto cantam canções folclóricas tradicionais); e utilização de rolhas de cortiça tradicionais (usando, cortiça portuguesa nativa, natural e sustentável proveniente da região com 30.000 acres de árvores de cortiça).

O terroir da região está profundamente ligado à Serra de Aires e Candeeiros e à própria natureza do Rio Tejo.
E o principal acidente orográfico desta região é a Serra de Aires e Candeeiros, delimitando o que podemos chamar de Médio Tejo e Lezíria do Tejo.
E em termos hidrográficos o Rio Tejo.
O clima desta região é sul-mediterrânico temperado, influenciado pelo rio Tejo que a percorre, com uma queda anual pluviométrica de cerca de 500-600 mm. 

A amplitude e força do rio influenciam o solo e clima da região elementarmente, gerando três zonas produtoras de vinho distintas: Bairro, Charneca e Campo.

Bairro
O Bairro está localizado no lado norte do rio Tejo.
Estas terras altas são compostas por colinas e amplas planícies, ricas em solos de calcário e argila.
Mais a norte, partes da terra contêm depósitos de xisto, encorajando as videiras para criar raízes mais profundas.
Situado entre o Vale do Tejo e os contrafortes dos maciços de Porto de Mós, Candeeiros e Montejunto, com solos argilo-calcários em ondulados suaves, é a zona ideal para as castas tintas, nomeadamente a Castelão e a Trincadeira.

Charneca
A Charneca localiza-se a sul do Campo, na margem esquerda do Rio Tejo, com solos arenosos que forçam as videiras a lutar, e por sua vez produzem frutos mais complexa.
Nesta zona, as temperaturas são mais elevadas assim as uvas amadurecem mais rápido do que no resto da região do Tejo.
Apresenta-se com solos arenosos e medianamente férteis, e, se por um lado estes determinam rendimentos abaixo da média da região, por outro lado induzem a um afinamento, quer nos vinhos brancos, quer nos vinhos tintos.

Campo
O Campo situa-se junto às margens do rio Tejo e é igualmente conhecido por Lezíria do Tejo.
A proximidade com o rio oferece um clima mais marítimo, equilibrando as temperaturas e consequentemente influenciado o carácter frutado, a acidez e frescor dos vinhos.
Os solos aluviais destas planícies proporcionam uma boa drenagem, sustentando as vinhas situadas no local.
Está igualmente sujeito a inundações periódicas, que emborem causem alguns transtornos, são também responsáveis pelos elevados índices de fertilidade que aqueles solos de aluvião possuem. É, por excelência a zona dos vinhos brancos, onde a casta Fernão Pires é rainha.

A área geográfica de produção da Denominação de Origem Controlada (DO Tejo) corresponde à área de todas as sub-regiões, que são as seguintes:
Sub-Região de Tomar - que abrange os concelhos de Tomar, Torres Novas, Ferreira do Zêzere (freguesia de Chãos) e Vila Nova da Barquinha (freguesia de Praia do Ribatejo).
Sub-Região de Santarém - que abrange os concelhos de Rio Maior e Santarém.
Sub-Região Chamusca - que abrange os concelhos de Chamusca, Golegã, Abrantes (freguesia do Tramagal) e Constância (freguesia de Santa Margarida da Coutada).
Sub-Região Cartaxo - que abrange os concelhos de Azambuja e Cartaxo.
Sub-Região Almeirim - que abrange os concelhos de Almeirim, Alpiarça e Salvaterra de Magos.
Sub-Região Coruche - que abrange os concelhos de Benavente e Coruche.


Os apaixonados produtores de vinho da região do Tejo têm vindo a renovar a sua abordagem em termos de qualidade e equilíbrio, combinando a experimentação, o investimento em equipamentos modernos, um compromisso com a redução de custos e o cultivo de uvas específicas do terroir.
A herança do Velho Mundo é combinada com estratégias novas e pioneiras na produção de vinho.
Os resultados são vinhos que apelam às sensibilidades e prazer do dia-a-dia contemporâneo.


















FONTES: IVV & WinesOfPortugal

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