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Regiões Vitivinícolas de Portugal - PORTO E DOURO

Os vinhos nesta região podem ter as seguintes:
- IGP Duriense
(indicação geográfica protegida)
- DOP Douro
- DOP Porto

(denominação de origem controlada / denominação de origem protegida)



A Denominação de Origem está dividida em três Sub-Regiões:
(a Região de Porto e Douro é composta por 3 Sub-Regiões)
1. Baixo Corgo
2. Alto Corgo
3. Douro Superior


Durante a ocupação romana, nos vales do Alto Douro, já se cultivava a vinha e se fazia vinho.
A história da região é simultaneamente fascinante e cruel, desde os tempos imemoriais em que o Douro era sobretudo esforço e violência, que foi amansando e evoluindo, permitindo-nos desfrutar de uma das mais espantosas "paisagem cultural, evolutiva e viva" do país, actualmente reconhecida como Património Mundial pela UNESCO.

Uma curiosidade importante: é a primeira região demarcada e regulamentada do mundo.
E foi-o aquando da criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, pelo Marquês de Pombal, em 1756.

Em nenhum outro ponto de Portugal a intervenção do homem na paisagem é tão evidente, visível nos milhares de socalcos espalhados pela região, desafiando a gravidade das encostas íngremes onde as vinhas estão implantadas. Pela sua beleza e monumentalidade, a região foi reconhecida pela UNESCO como "Património da Humanidade".

Esta região demarca-se segundo o eixo do rio Douro, estendendo-se desde a fronteira com Espanha até cerca de noventa quilómetros de distância da cidade do Porto.
Fortemente montanhosa, a região encontra-se protegida da influência atlântica pela Serra do Marão.
O clima é habitualmente seco, com invernos frios e verões muito quentes, variando entre a precipitação moderada a oeste e a secura quase desértica das terras próximas da fronteira.

É no Douro que nasce o Vinho do Porto, principal embaixador dos vinhos nacionais, amparado nas duas últimas décadas pelos vinhos tranquilos do Douro, que ganharam consideração e independência, afirmando-se hoje como fonte de notoriedade redobrada para a região.

É uma das regiões mais ricas em castas autóctones, com centenas de castas únicas e uma área extensa de vinhas velhas, por vezes plantadas com dezenas de castas misturadas.
De entre as centenas de castas, destacam-se cinco variedades tintas, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Touriga Franca e Touriga Nacional, selecionadas pela excelência na produção de Vinho do Porto. Sobressaem igualmente as castas brancas Gouveio, Malvasia Fina, Moscatel, Rabigato e Viosinho, e as castas tintas Sousão e Tinta Amarela (Trincadeira).

A região, rica igualmente em microclimas, como consequência da sua acidentada orografia, divide-se em três sub-regiões: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, produzindo-se em cada uma delas vinhos de qualidade brancos, tintos e rosados, vinhos espumantes, licorosos e ainda aguardentes de vinho com especificidades próprias.

O Baixo Corgo, sob a influência direta da Serra do Marão, é a sub-região mais fresca e chuvosa, a mais fértil e com maior densidade de vinhas.
O Cima Corgo é conhecido como o coração do Douro, onde nascem muitos dos vinhos do segmento superior do Vinho do Porto.
O Douro Superior, a sub-região de maior extensão, é a mais quente, seca e extremada, mas também a menos acidentada, marcada pela secura e pelos verões infernais.

Da globalidade do volume de vinho produzido na Região Demarcada do Douro, cerca de 50% é destinada à produção de Vinho do Porto, enquanto que o restante volume é destinado à produção de vinhos de grande qualidade que utilizam a denominação de origem controlada "Douro" ou "Vinho do Douro".

Castas Tintas permitidas na DOP Douro:Alicante Bouschet, Alvarelhão, Alvarelhão Ceitão, Aragonez (Tinta Roriz), Aramon, Baga, Barca, Barreto, Bastardo, Bragão, Camarate, Carignan, Carrega Tinto, Casculho, Castelã, Castelão (Periquita), Cidadelhe, Concieira, Cornifesto, Corropio, Donzelinho Tinto, Engomada, Espadeiro, Gonçalo Pires, Grand Noir, Grangeal, Jaen, Lourela, Malandra, Malvasia Preta, Marufo, Melra, Mondet, Mourisco de Semente, Nevoeira, Patorra, Petit Bouschet, Pinot Noir, Português Azul, Preto Martinho, Ricoca, Roseira, Rufete, Santareno, São Saúl, Sevilhão, Sousão, Tinta Aguiar, Tinta Barroca, Tinta Carvalha, Tinta Fontes, Tinta Francisca, Tinta Lameira, Tinta Martins, Tinta Mesquita, Tinta Penajóia, Tinta Pereira, Tinta Pomar, Tinta Tabuaço, Tinto Cão, Tinto Sem Nome, Touriga Fêmea, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Valdosa e Varejoa.
Castas Brancas permitidas na DOP Douro: Alicante Branco, Alvarelhão Branco, Arinto (Pedernã), Avesso, Batoca, Bical, Branco Especial, Branco Guimarães, Caramela, Carrega Branco, Cercial, Chasselas, Côdega de Larinho, Diagalves, Dona Branca, Donzelinho Branco, Estreito Macio, Fernão Pires (Maria Gomes), Folgasão, Gouveio, Gouveio Estimado, Gouveio Real, Jampal, Malvasia Fina, Malvasia Parda, Malvasia Rei, Moscadet, Moscatel Galego Branco, Mourisco Branco, Pé Comprido, Pinheira Branca, Praça, Rabigato, Rabigato Franco, Rabigato Moreno, Rabo de Ovelha, Ratinho, Samarrinho, Sarigo, Semillon, Sercial (Esgana Cão), Síria (Roupeiro), Tália, Tamarez, Terrantez, Touriga Branca, Trigueira, Valente, Verdial Branco, Viosinho e Vital.


O Vinho do Porto distingue-se dos vinhos comuns pelas suas características particulares: uma enorme diversidade de tipos em que surpreendem uma riqueza e intensidade de aromas incomparáveis e uma persistência muito elevada, quer de aromas, quer de sabor, para além de um teor alcoólico elevado (geralmente entre os 19 e os 22% vol.), numa vasta gama de "doçuras" e grande diversidade de cores.
O nome "do Porto" vem do facto do vinho ser armazenado e comercializado a partir do porto situado entre a cidade do Porto e Vila Nova de Gaia.
O vinho descia o rio Douro nos barcos rabelo e envelhecia nos armazéns de Vila Nova de Gaia, já que esta zona apresenta poucas variações de temperatura durante o ano.

Castas Tintas permitidas na DOP Porto: Aragonez (Tinta Roriz), Bastardo, Castelão (Periquita), Cornifesto, Donzelinho Tinto, Malvasia Preta, Marufo, Rufete, Tinta Barroca, Tinta Francisca, Tinto Cão, Touriga Franca, Touriga Nacional e Trincadeira (Tinta Amarela).
Castas Brancas permitidas na DOP Porto:
Arinto (Pedernã), Cercial, Donzelinho-Branco, Folgazão, Gouveio, Malvasia Fina, Moscatel Galego Branco, Rabigato, Samarrinho, Semillon, Sercial (Esgana Cão), Síria (Roupeiro), Verdelho, Viosinho e Vital.



Merece também destaque o Vinho Regional Duriense cuja região de produção é coincidente com toda a Região Demarcada do Douro.

Castas Tintas permitidas na IGP Duriense: Alicante Bouschet, Alvarelhão, Alvarelhão-Ceitão, Aragonez (Tinta Roriz), Aramon, Baga, Barca, Barreto, Bastardo, Bragão, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Camarate, Carignan, Carrego Tinto, Casculho, Castelâ, Castelão, Cidadelhe, Concieira, Cornifesto, Corropio, Donzelinho Tinto, Engomada, Espadeiro, Gamay, Gonçalo Pires, Gorda, Grand Noir, Grangeal, Grenache, Jaen, Lourela, Malandra, Malvasia Preta, Marufo, Melra, Merlot, Mondet, Moscatel Galego Tinto, Mourisco de Semente, Mourisco de Trevões, Nevoeira, Patorra, Petit Bouchet, Petit Verdot Pinot Noir, Português Azul, Preto Marinho, Ricoca, Rioseira, Rufete, Santareno, São Saúl, Sevilhão, Sousão, Syrah, Tannat, Tinta Aguiar, Tinta Barroca, Tinta Carvalha, Tinta Fontes, Tinta Francisca, Tinta Lameira, Tinta Martins, Tinta Mesquita, Tinta Panajoia, Tinta Pereira, Tinta Pomar, Tinta Tabuaço, Tinto Cão, Tinto Sem Nome, Touriga Fêmea, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Valdosa, Verejoa, Vinhão, Zinfandel, Donzelinho Roxo, Gewurztraminer, Moscatel Galego Roxo (Moscatel Roxo).
Castas Brancas permitidas na IGP Duriense: Alicante Branco, Alvarelhão Branco, Arinto (Pedernã), Avesso, Batoca, Bical, Branco-Especial, Branco Guimarães, Branda, Caramela, Carrega Branco, Cercial, Chardonnay, Chausselas, Chenin, Côdega de Larinho, Diagalves, Dona Branca, Donzelinho Branco, Dorinto, Estreito-Macio, Fernão Pires (Maria Gomes), Folgasão, Godelho, Gouveio, Gouveio-Estimado, Gouveio Real, Jampal, Malvasia Fina, Malvasia Parda, Malvasia-Rei, Moscadet, Moscatel Galego Branco, Mourisco Branco, Muller-Thurgau, Pé Comprido, Pinheira-Branca, Pinot-Blanc, Praça, Rabigato, Rabigato-Franco, Rabigato-Moreno, Rabo de Ovelha, Ratinho, Riesling, Samarrinho, Sarigo, Sauvignon, Semillon, Sercial, Síria, Tália, Tamarez, Terrantez, Touriga Branca, Trigueira, Valente, Verdelho, Verdial Branco, Viognier, Viosinho e Vital.
















FONTES: IVV & WinesOfPortugal

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