fechar

Regiões Vitivinícolas de Portugal - PENÍNSULA DE SETÚBAL

Os vinhos nesta região podem ter as seguintes:
- IG Península de Setúbal
(indicação geográfica protegida)
- DO Palmela
- DO Setúbal (apenas para Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo)
(denominação de origem controlada / denominação de origem protegida)

A Denominação de Origem está dividida em sete Sub-Regiões:
(a Região da Península de Setúbal é composta por 2 Sub-Regiões)
1. Palmela
2. Setúbal



Os solos desta região vitivinícola separam-se entre as areias finas e profundas das áreas mais planas e os solos calcários ou argilo-calcários da Serra da Arrábida.

O clima é mediterrânico, com Verões quentes e secos e Invernos amenos mas chuvosos, com elevada humidade.
Só na Serra da Arrábida é que podemos dizer que o clima tem alguma influência atlântica, devido à elevada altitude e proximidade ao mar.

A Península de Setúbal compreende as denominações de origem DO Palmela e DO Setúbal e a indicação geográfica IG Península de Setúbal.
A denominação DO Setúbal está reservada para os vinhos Moscatel de Setúbal, um dos vinhos mais conhecidos de Portugal, e Moscatel Roxo.


Atribuem-se aos fenícios e aos gregos bastantes das castas trazidas para a região e que ainda hoje ali existem.
De clima ameno e com as encostas da Arrábida a dar protecção, aliados a uma zona ribeirinha do rio, tudo isto propiciava o cultivo de vinha naquelas paragens.
Os romanos e os árabes seguiram-lhes os passos e reforçaram a cultura da vinha na península.
Com a fundação do reino de Portugal, outros povos, nomeadamente os francos, povo com uma tradição secular no vinho, elevaram a produção de vinho tornando-a mais do que
uma tradição, que ainda hoje prevalece.


A Região da Península de Setúbal situa-se no litoral oeste, a sul de Lisboa, e é aqui que se produz o tão conhecido e apreciado Moscatel de Setúbal.

Esta região pode dividir-se em duas zonas orográficas completamente distintas:
- A sul e sudoeste temos uma zona montanhosa, formada pelas serras da Arrábida, Rosca e São Luís e pelos montes de Palmela, São Francisco e Azeitão, recortados por vales e colinas, com altitudes compreendidas entre os 100m e os 500m.
- No espelho desta, temos uma zona plana, prolongando-se em extensas planícies junto ao Rio Sado.

O clima é misto entre o sub-tropical e o mediterrânico.
Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Sado, pelas serras e montes que ali se situam, todos estes factores culminam em fracas amplitudes térmicas e um índice pluviométrico que se situa entre os 400mm e 500mm.

Os solos são argilo-arenosos ou franco-argilo-arenosos, calcários com ligeira alcalinidade e alguns deles compactos e férteis.


A qualidade dos vinhos nesta região justificou o reconhecimento das Denominações de Origem Controladas "Setúbal", para a produção do vinho generoso, e "Palmela" para os vinhos brancos e tintos, frisantes, espumantes, rosados e licorosos.

As castas autorizadas para a DO Setúbal são, nas tintas e rosadas:
Alicante Bouschet, Aragonez (Tinta Roriz), Bastardo, Cabernet-Sauvignon, Castelão (Periquita), Merlot, Petit Verdot, Syrah, Tannat, Tinta Miúda, Tinto Cão, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta-Amarela) e Moscatel Galego Roxo (Moscatel Roxo). E nas brancas: Alvarinho, Antão Vaz, Arinto (Pedernã), Chardonnay, Fernão Pires (Maria Gomes), Loureiro, Malvasia Fina, Moscatel Galego Branco, Moscatel Graúdo (Moscatel de Setúbal), Pinot Blanc, Rabo de Ovelha, Roupeiro Branco, Sauvignon, Semillon, Verdelho e Viosinho.

Características Organolépticas dos vinhos desta região:
Os tintos são usualmente encorpados, de cor intensa e aroma cheio onde predominam os frutos secos e as especiarias. Com o envelhecimento amaciam, tornando-se mais finos.
Os vinhos brancos são usualmente elaborados com predominância da casta Fernão Pires e, por isso, exibem um aroma frutado.

Notas:
- No vinho tinto, a casta Castelão, tem de representar no mínimo 66,7% do mosto.

- O vinho rosado, o vinho base para vinho frisante, o vinho espumante e o vinho licoroso são elaborados a partir das castas aptas, sem restrição de percentagem mínima.

As castas autorizadas para a DO Setúbal são, nas tintas e rosadas: Aragonez (Tinta Roriz), Bastardo, Castelão (Periquita), Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta-Amarela), Moscatel Galego Roxo (Moscatel-Roxo). E nas brancas: Antão Vaz, Arinto (Pedernã), Fernão Pires (Maria Gomes), Malvasia Fina, Moscatel Galego Branco, Moscatel Graúdo (Moscatel de Setúbal), Rabo de Ovelha, Roupeiro Branco, Verdelho e Viosinho.
Nos vinhos tintos e com produção muito limitada, e por isso menos conhecido que o vinho branco, têm aromas mais secos e complexos, mas não menos ricos. A prova excede as expectativas criadas no aroma. Envelhecem nobremente.
Nos vinhos brancos estes licorosos são caracterizados pelas suas especiais qualidades de aroma e sabor, peculiares e inconfundíveis, resultantes das castas e das condições edafo-climáticas. De cor dourada, que vai do topázio claro ao âmbar, e aroma floral exótico, com toques de mel, tâmaras e laranja.

- No vinho tinto DO Setúbal, a casta Moscatel Roxo, tem de representar no mínimo 67% do mosto.
- No vinho branco DO Setúbal, a casta Moscatel de Setúbal tem de representar no mínimo 67% do mosto.

- As designações tradicionais "Moscatel de Setúbal", "Moscatel Roxo" ou "Roxo" só podem ser usadas quando estas castas contribuam com, pelo menos, 85% do mosto utilizado.

A área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada "Setúbal" abrange os concelhos de Montijo, Palmela e Setúbal e a freguesia do Castelo do município de Sesimbra.




Produz-se ainda em todo o distrito de Setúbal o vinho com Identificação Geográfica "Península de Setúbal".
Para entendermos o legado dos povos que por ali passaram, que trouxeram castas para a região e incentivaram a cultura da vinha, aqui fica a lista das castas autorizadas no IG Península de Setúbal para melhor percebermos a variedade de castas que ali existem:

Tintas:
Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Alvarelhão, Alvarelhão-Ceitão, Amaral, Amor-Não-Me-Deixes, Amostrinha, Aragonez (Tinta Roriz), Aramon, Arjunção, Baga, Barca, Barreto, Bastardo, Bastardo-Tinto, Bonvedro, Borraçal, Bragão, Branjo, Cabernet-Franc, Cabernet-Sauvignon, Caladoc, Calrão, Camarate, Carignan, Carrega-Burros, Carrega-Tinto, Casculho, Castelã, Castelão (Periquita), Castelino, Casteloa, Cidadelhe, Cidreiro, Cinsaut, Concieira, Coração-de-Galo, Cornifesto, Corropio, Corvo, Doçal, Doce, Donzelinho-Tinto, Engomada, Esgana-Cão-Tinto, Espadeiro, Espadeiro-Mole, Farinheira, Ferral, Galego, Gamay, Gonçalo-Pires, Gorda, Gouveio-Preto, Graciosa, Grand-Noir, Grangeal, Grenache, Grossa, Jaen, Labrusco, Lourela, Malandra, Malvarisco, Malvasia-Preta, Manteúdo-Preto, Mário-Feld, Marufo, Melhorio, Melra, Merlot, Molar, Mondet, Monvedro, Moreto, Moscatel-Galego-Tinto, Mourisco, Mourisco-de-Semente, Mourisco-de-Trevões, Negra-Mole, Nevoeira, Padeiro, Parreira-Matias, Patorra, Pau-Ferro, Pedral, Pêro-Pinhão, Petit-Bouschet, Petit-Verdot, Pexem, Pical, Pilongo, Pinot-Noir, Português Azul, Preto-Cardana, Preto-Martinho, Rabo-de-Anho, Rabo-de-Lobo, Rabo-de-Ovelha-Tinto, Ramisco, Ramisco-Tinto, Ricoca, Rodo, Roseira, Rufete, Saborinho, Santareno, São-Saul, Sevilhão, Sousão, Syrah, Tannat, Teinturier, Tinta, Tinta-Aguiar, Tinta-Aurélio, Tinta-Barroca, Tinta-Bastardinha, Tinta-Caiada, Tinta-Carvalha, Tinta-Fontes, Tinta-Francisca, Tinta-Lameira, Tinta-Lisboa, Tinta-Martins, Tinta-Mesquita, Tinta-Miúda, Tinta-Negra, Tinta-Penajoia, Tinta-Pereira, Tinta-Pomar, Tinta-Porto-Santo, Tinta-Tabuaço, Tintinha, Tinto- Cão, Tinto-Sem-Nome, Touriga-Fêmea, Touriga-Franca, Touriga-Nacional, Transâncora, Trincadeira (Tinta Amarela), Valdosa, Varejoa, VerdelhoTinto, Verdial-Tinto, Vinhão, Xara, Zé-do-Telheiro e Zinfandel.

Brancas:
Alicante-Branco, Almafra, Almenhaca, Alvadurão, Alvar, Alvarelhão-Branco, Alvarinho, Antão Vaz, Arinto (Pedernã), Arinto-do-Interior, Arns-Burguer, Avesso, Azal, Babosa, Barcelo, Bastardo-Branco, Batoca, Beba, Bical, Boal-Barreiro, Boal-Branco, Boal-Espinho, Branco-Desconhecido, Branco-Especial, Branco-Gouvães, Branco-Guimarães, Branco-João, Branda, Budelho, Cainho, Caracol, Caramela, Carão-de-Moça, Carrasquenho, Carrega-Branco, Cascal, Castelão-Branco, Castelo-Branco, Cerceal-Branco, Cercial, Chardonnay, Chasselas, Chasselas-Sabor, Chasselas-Salsa, Chenin, Côdega-de-Larinho, Colombard, Cornichon, Corval, Crato-Espanhol, Dedo-de-Dama, Diagalves, Dona-Branca, Dona-Joaquina, Donzelinho-Branco, Dorinto, Encruzado, Esganinho, Esganoso, Estreito-Macio, Fernão-Pires (Maria Gomes), Folgasão, Folha-de-Figueira, Fonte-Cal, Galego-Dourado, Gigante, Godelho, Gouveio, Gouveio-Estimado, Gouveio-Real, Granho, Jacquere, Jampal, Lameiro, Larião, Leira, Lilás, Loureiro, Luzidio, Malvasia, Malvasia-Bianca, Malvasia-Branca, Malvasia-Branca-de-São-Jorge, Malvasia-Cândida, Malvasia-Fina, Malvasia-Parda, Malvasia-Rei, Malvasia-Romana, Manteúdo, Molinha, Moscadet, Moscatel-Galego-Branco, Moscatel-Graúdo, Moscatel-Nunes, Mourisco-Branco, Muller-Thurgau, Pé-Comprido, Perigo, Perrum, Pinheira-Branca, Pinot-Blanc, Pintosa, Praça, Promissão, Rabigato, Rabigato-Franco, Rabigato-Moreno, Rabo-de-Ovelha, Ratinho, Riesling, Roupeiro-Branco, Sabro, Samarrinho, Santoal, São-Mamede, Sarigo, Sauvignon, Semilão, Semillon, Sercial (Esgana-Cão), Síria (Roupeiro), Tália, Tamarez, Terrantez, Terrantez-da-Terceira, Terrantez-do-Pico, Touriga-Branca, Trajadura, Trincadeira-Branca, Trincadeira-das-Pratas, Uva-Cão, Uva-Cavaco, Uva-Salsa, Valente, Valveirinho, Vencedor, Verdelho, Verdial-Branco, Viognier, Viosinho e Vital.

 















Fonte: IVV & WinesOfPortugal

Partilhar: