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Regiões Vitivinícolas de Portugal - MADEIRA

Os vinhos nesta região podem ter as seguintes:
- IG Terras Madeirenses
(indicação geográfica protegida)
- DO Madeira
- DO Madeirense
(denominação de origem controlada / denominação de origem protegida)


A Denominação de Origem pode ser uma de duas, dependendo do "estilo" do vinho (licoroso ou tranquilo):
1. Madeira
2. Madeirense


A Ilha da Madeira é um arquipélago constituído por duas ilhas habitadas: Madeira e Porto Santo – e outras inabitadas que são as Desertas e as Selvagens.
O arquipélago está situado entre os 35º e os 45ºde latitude norte e a 17º de latitude oeste, encontrando-se a 1100 Km da costa de Portugal, país a que pertence, e a 600 km da costa africana.

A Ilha da Madeira tem uma superfície total de 740Km2, e tem como ponto mais alto o Pico Ruivo com 1861 metros de altitude.

A paisagem vitícola profundamente enraizada na Ilha é palco de miríades de cores que se transformam ao longo do ano, desde as diferentes tonalidades de verdes aos castanhos-avermelhados. A construção dos socalcos, sustentados por paredes de pedras, faz lembrar escadarias que vão em algumas partes do mar à serra, parecendo pequenos jardins imbuídos na paisagem.

Reconhecida em todo o Mundo como um destino turístico por excelência, a notoriedade da Ilha da Madeira deve-se, também, ao vinho que tem o seu nome e que nos mais variados pontos do globo ganhou fama e prestígio. Um vinho com nome de uma ilha e uma ilha com nome de um vinho.

A área total da Ilha da Madeira é de 732 Km2 e a extensão da Região Vitícola é de cerca de 500 hectares.
Trata-se de uma paisagem única e caracterizada pela orografia acidentada do relevo.

As condições particulares do solo de origem vulcânica, na sua maioria basálticos, e a proximidade ao mar, associadas às condições climatéricas, em que os Verões são quentes e húmidos e os Invernos amenos, conferem ao vinho características únicas e singulares.

Os terrenos agrícolas caracterizam-se por declives muito acentuados, que regra geral se encontram sob a forma de socalcos, designados por poios.
A água de rega na Madeira é captada nas zonas altas da ilha é conduzida através de canais denominados de “levadas” que integram um impressionante sistema de 2150Km canais.

O sistema de condução mais tradicional é o da “latada” (pérgola), no qual as vinhas são conduzidas horizontalmente.
O século XX trouxe a introdução do sistema de condução em espaldeira, que, no entanto, só pode ser utilizado em terrenos com declives menos acentuados.

Entre meados de Agosto até meados de Outubro, processa-se a vindima num ritual majestoso, durante o qual há uma incrível concentração de esforços, uma vez que a orografia acidentada e o sistema de minifúndio, dificulta todo o processo de vindima, que ainda hoje é totalmente manual.



Com a Denominação de Origem Madeira (DO Madeira) temos o Vinho da Madeira, que é um vinho licoroso produzido na Região Demarcada da Madeira, também conhecido como Vinho da Madeira, Madère, Vin de Madère, Madera, Madeira Wein, Madeira Wine, Vino di Madera, Madeira Wijn e outras traduções aprovadas pelo IVBAM, IP.

As variedades de castas mais utilizadas na produção de vinho Madeira são: Sercial, Verdelho, Boal, Malvasia, Terrantez e Tinta Negra.
No entanto, existem outras castas recomendadas e autorizadas.

A casta Sercial, também conhecida por Esgana-Cão, devido à sua notável adstringência e elevada acidez, cresce também em outras regiões do continente português.
Trata-se de uma casta resistente ao míldio e oídio, que se caracteriza por cachos pequenos em forma de pinha e de bagos compactos e muito ácidos, de uma cor amarelo esverdeada.
Diferencia-se das outras castas pela sua elevada acidez e adstringência.
Esta casta é cultivada principalmente no Norte da ilha e em Câmara de Lobos a altitudes que poderão atingir 600 metros na costa sul e os 200 metros no Norte.
Produz vinhos Madeira no estilo Seco.

É provável que a casta Verdelho existente na Madeira seja oriunda do continente português, dos Açores ou de Itália.
Caracteriza-se por cachos pequenos e médios, bagos oblongos e comprimidos lateralmente, com película resistente.
Produz vinhos ligeiramente mais encorpados e menos ácidos que os provenientes da casta Sercial.
É cultivada a cerca de 400 metros de altitude.
Produz vinhos Madeira no estilo Meio Seco.


Oriunda do continente português, a casta Boal apresenta cachos grandes e possui uma película resistente.
É cultivada a uma altitude que varia entre os 100 e os 300 metros.
Resulta em vinhos medianamente encorpados e ricos, que são muito apreciados pelo seu equilíbrio acidez/doçura e pelo seu característico aroma adquirido ao longo do envelhecimento em cascos.
Produz vinhos Madeira no estilo Meio Doce.

A casta Malvasia-Cândida foi a primeira a ser plantada na ilha da Madeira e é originária de Creta.
Caracteriza-se por cachos grandes e cónicos, com bagos grandes e oblongos.
Geralmente encontra-se desde o nível do mar até os 200 metros de altitude e principalmente na costa sul.
Foi desde sempre tratada com muito esmero e cuidado, tornando os seus vinhos muito apreciados e cobiçados.
A casta Malvasia-de–São–Jorge, encontra-se maioritariamente na costa norte da ilha, entre os 150 a 350 metros de altitude.
O Vinho da Madeira da casta Malvasia produzido pelos padres jesuítas no século XVIII é considerado o rei dos vinhos de toda a produção de Vinhos Madeira.
Alguns vinhos atingem preços astronómicos em leilões.
Tanto a casta Malvasia-Cândida como a casta Malvasia-de-São-Jorge produzem vinhos Madeira no estilo Doce, sendo entre os Madeiras, os que apresentam maior riqueza e untuosidade.

A casta Terrantez geralmente encontra-se na costa sul da ilha, principalmente, na Calheta, em Câmara de Lobos e no Funchal.
É uma casta de amadurecimento precoce e carateriza-se por cachos pequenos, cilíndrico-cónicos, compactos e de pedúnculo curto.
Os bagos são arredondados, pequenos e de cor verde-amarelado, com pelicula fina e a polpa de consistência mole.
O Terrantez produz vinhos Madeira do estilo Meio Doce e Meio Seco.
Por ser considerada uma casta rara, o povo atribuí-lhe um ditado popular: «As uvas da casta Terrantez, não as comas nem as dês, para vinho Deus as fez!».

A introdução da casta Tinta Negra na Madeira data do séc. XVIII.
Trata-se de uma casta muito versátil e vigorosa, de bagos médios a pequenos, com a película muito fina e mole, que facilmente se adaptou às condições existentes na ilha, desde a sua introdução. A sua cultura está essencialmente situada no sul da Ilha, no Funchal e Câmara de Lobos e a norte, em São Vicente.
A Tinta Negra produz vinhos Madeira nos estilos Seco, Meio Seco, Meio Doce e Doce. Representa entre 80 a 85% do total da produção de Vinho Madeira.

O processo de vinificação dos vinhos da Madeira passa por, nas adegas, ser feita uma triagem das uvas, primeiramente, para avaliação do estado sanitário. Depois de serem pesadas e de se verificar o grau alcoólico provável através do regractómetro (instrumento de medição do teor em açúcar da uva) é feita a selecção do tipo de uvas, de acordo com o tipo de vinho que se pretende obter.
A partir daqui, dá-se início ao delicado processo de transformação.
A vinificação inicia-se quando as uvas são enviadas para tegões ou são directamente introduzidas nos equipamentos que permitem a obtenção de mosto.
Antes do esmagamento as uvas são, regra geral, totalmente desengaçadas. As massas resultantes do esmagamento são posteriormente enviadas por bomba para as prensas ou para as cubas de fermentação com maceração pelicular.
Na produção do Vinho da Madeira são utilizados dois diferentes tipos de vinificação que são o sistema de bica aberta e o sistema de curtimenta.
O primeiro é, essencialmente utilizado para fazer os vinhos secos e meio secos.
Neste processo as massas obtidas desengaçadas e esmagadas são prensadas, esgotando-se o sumo (mosto) que seguirá para a fermentação.
O sistema de curtimenta destina-se à elaboração de vinhos doces e meio doces.
Neste caso a fermentação processa-se com as películas em contacto com o mosto (maceração pelicular), procedendo-se à sangria e prensagem depois de atingido o grau de doçura pretendido.
Durante a fermentação alcoólica efectua-se o controlo das temperaturas de fermentação que varia entre os 18ºC e os 22ºC para os mostos provenientes de castas brancas e entre os 22º e os 30ºC para os mostos proveniente de castas tintas.
É nesta fase que se dá o processo de fortificação, que consiste na paragem da fermentação com a adição de álcool neutro de origem vínica a 96% vol.
O momento da adição do álcool vínico depende da casta ou tipo de vinho a produzir. Para a produção de vinhos doces ou proveniente da casta Malvasia a alcoolização é feita aproximadamente dois dias após o início da fermentação de modo a reter a quantidade desejada de açúcares. Para a produção de vinhos meios doces ou vinhos elaborados a partir da casta Boal a alcoolização é feita geralmente a partir do 3º dia de fermentação enquanto para os vinhos provenientes da casta Verdelho ou vinhos do tipo meio seco a paragem da fermentação é feita aproximadamente 4 dias após o inicio da fermentação. Para o Sercial e outros vinhos do tipo seco a alcoolização é apenas feita quase no final ou no final da fermentação.
Após fortificação os vinhos ficam aproximadamente com 17% a 18% de álcool por volume. 
Findo este processo, os vinhos podem ser submetidos a um dos dois processos de envelhecimento: Estufagem ou Canteiro.

Envelhecimento por Estufagem

O vinho é colocado em estufas de aço inox, aquecidas por um sistema de serpentina, por onde circula água quente, por um período nunca inferior a 3 meses, a uma temperatura entre os 45 e 50 graus celsius.
Concluída a «estufagem», o vinho é sujeito a um período de «estágio» de pelo menos 90 dias à temperatura ambiente.
A partir deste momento pode permanecer em inox, ou ser colocado em cascos de madeira, até reunir as condições que permitem ao enólogo fazer o acabamento do vinho, para que possa ser colocado em garrafa, com a garantia de qualidade necessária.
No entanto, estes vinhos nunca podem ser engarrafados e comercializados antes de 31 de Outubro do segundo ano seguinte à vindima.
São vinhos maioritariamente de lote.

Envelhecimento por Canteiro
Os vinhos seleccionados para estágio em «Canteiro» (esta denominação provém do facto de se colocar as pipas sob suportes de traves de madeira, denominadas de canteiros) são envelhecidos em cascos, normalmente nos pisos mais elevados dos armazéns onde as temperaturas são mais elevadas, pelo período mínimo de 2 anos.
Trata-se de um envelhecimento oxidativo em casco, fazendo com que os vinhos desenvolvam características únicas de aromas intensos e complexos.
Os vinhos de canteiro só poderão ser comercializados, decorridos pelo menos 3 anos, contados a partir de 1 de Janeiro do ano seguinte ao da vindima.

O Vinho da Madeira contempla um conjunto de designações que permitem a identificação dos seus diferentes tipos:

+ Blends: - Sem indicação de idade e da casta: Vinho da Madeira (exemplo: https://www.vinhosbarbeito.com/pt/our-wines/3-anos.html)
+ Blends: - Com indicação de idade, associada ou não à casta: 5 Anos (exemplo: https://www.vinhosbarbeito.com/pt/our-wines/5-anos.html)
+ Blends: - Com indicação de idade, associada ou não à casta: 10 Anos (exemplo: https://www.vinhosbarbeito.com/pt/our-wines/10-anos.html)
+ Blends: - Com indicação de idade, associada ou não à casta: 15 Anos (exemplo: https://henriquesehenriques.pt/15-years-old-wines-with-differents-grapes-ageing-in-oak/)
+ Blends: - Com indicação de idade, associada ou não à casta: 20 Anos (exemplo: https://henriquesehenriques.pt/20-years-old-wines-with-differents-grapes-ageing-in-oak-2/)
+ Blends: - Com indicação de idade, associada ou não à casta: 30 Anos (exemplo: https://www.blandys.com/pt/vinhos/vinhos-de-mistura/30-anos/)
+ Blends: - Com indicação de idade, associada ou não à casta: 40 Anos (exemplo: https://www.vinhosbarbeito.com/pt/os-nossos-vinhos/lotes-especiais/220-barbeito-malvasia-40-years-old-%E2%80%93-vinho-do-reitor.html)
+ Blends: - Com indicação de idade, associada ou não à casta: +50 Anos (exemplo: https://henriquesehenriques.pt/vinho-tinta-negra-50-anos/)

+ Vinhos com Data Específica: - Ano de Colheita: Colheita (exemplo: https://www.vinhosbarbeito.com/pt/our-wines/single-harvest/275-barbeito-single-harvest-2009-medium-dry.html)
+ Vinho de uma só colheita, com direito à indicação de data da respectiva vindima. Só pode ser engarrafado a partir de 31 de Outubro do quinto ano da data da vindima.

+ Vinhos com Data Específica: - Ano de Colheita: Frasqueira (Garrafeira ou Vintage) (exemplo: https://www.vinhosbarbeito.com/pt/our-wines/frasqueiras/250-barbeito-malvasia-candida-1993-frasqueira-faja-dos-padres.html)
+ Mínimo de 20 anos em madeira, quando o designativo for associado ao ano da colheita e o produto for obtido de castas nobres tradicionais.

+ Vinhos com Data Específica: - Ano de Colheita: Solera (exemplo: https://henriquesehenriques.pt/vinhos-soleras-obtained-from-a-single-harvest-orming-the-basis-of-a-blend-of-which-10-may-be-bottled-each-year/)
+ O engarrafamento só pode ser feito após 5 anos em casco; de cada um dos cascos só pode ser retirado anualmente, no máximo, 10% do vinho existente, quando o designativo "Solera" for associado a uma data deverá ser a data de colheita do vinho base.

- Limite do teor de açúcares totais no Vinho da Madeira:

Tipo de Vinho Mínimo de Açúcares Totais (g/L) Máximo de Açúcares Totais (g/L)
Extra Seco (não existe) 49
Seco 49 59
Meio Seco 59 78
Meio Doce 78 100
Doce 100 (não existe)



> Cor: - Muito Pálido
> Cor: - Pálido
> Cor: - Dourado
> Cor: - Meio Escuro
> Cor: - Escuro


< Estrutura: - Leve
< Estrutura: - Encorpado
< Estrutura: - Fino
< Estrutura: - Macio
< Estrutura: - Aveludado
< Estrutura: - Amadurecido





Mas há mais vinho na ilha para além do fortificado...

Com a Denominação de Origem Madeirense (DO Madeirense), usada para vinhos tranquilos (não fortificados) mas abrangendo igualmente as ilhas da Madeira e de Porto Santo, tem como castas recomendadas; nas tintas e rosadas: Bastardo, Cabernet Sauvignon, Complexa, Deliciosa, Malvasia Cândida Roxa (Malvasia Roxa), Maria Feld, Merlot, Tinta Barroca, Tinta Negra (Tinta Negra Mole), Touriga Franca (Touriga Francesa) e Touriga Nacional; e nas brancas: Arnsburger, Carão de Moça, Chardonnay, Chenin, Folgasão (Terrantez), Lilás (Alvarinho Lilás), Malvasia Bianca, Malvasia Branca de São Jorge, Malvasia Cândida, Malvasia Fina (Boal), Rio Grande, Sauvignon, Sercial, Tália (Ugni Blanc) e Verdelho.

Com a Indicação Geográfica Terras Madeirenses (IG Terras Madeirenses), usada também para vinhos tranquilos e abrangendo as ilhas da Madeira e de Porto Santos, tem como castas recomendadas; nas tintas e rosadas: Aragonez (Tinta Roriz), Bastardo, Cabernet Sauvignon, Complexa, Deliciosa, Malvasia Cândida Roxa (Malvasia Roxa), Merlot, Syrah, Tinta Barroca, Tinta Negra (Tinta Negra Mole), Touriga Franca (Touriga Francesa) e Touriga Nacional, e nas brancas: Arinto, Arnsburger, Carão de Moça, Chardonnay, Chenin, Folgasão (Terrantez),Malvasia Branca de São Jorge, Malvasia Cândida, Malvasia Fina (Boal),Sauvignon, Sercial, Tália (Ugni Blanc) e Verdelho.


História dos vinhos e espumantes DO Madeirense e IG Terras Madeirenses

No final da década de 70 do século XX, a região iniciou os estudos da adaptação de várias castas regionais, nacionais e estrangeiras, para a produção de vinhos tranquilos.
Em 1984, foram plantados 3 campos experimentais (Estreito da Calheta, Preces e Arco de Jorge) com uma seleção inicial de 64 castas provenientes da Madeira, de Portugal continental, França, Itália e Alemanha.
Estas experiências aconteceram no âmbito de um projeto desenvolvido pela Direção Regional de Agricultura.
Paralelamente iniciou-se também a seleção clonal das castas tradicionais da Madeira, com uma população inicial oriunda de várias zonas da ilha da Madeira, num total de 82 clones, distribuídos por 7 castas: Sercial, Verdelho, Malvasia-Fina (Boal), Malvasia-Cândida, Malvasia-Cândida-Roxa, Folgasão (Terrantez) e Bastardo.

Em 1994, finda a primeira fase de experimentação, que compreendia tanto a parte agronómica (produção, adaptação climática, resistência a doenças e pragas, etc.) como a parte enológica (microvinificações, caracterização química dos mostos, caracterização química e organolética dos vinhos), iniciou-se a segunda fase da experimentação, que viria a terminar em 2003.

Nesta 2ª fase, os campos experimentais afectos a esta selecção foram novamente replantados com as castas e clones que tinham demonstrado melhor aptidão para a produção de vinhos tranquilos.

Fruto dos resultados que se começaram a desenhar, alguns viticultores lançaram-se neste novo desafio dos vinhos tranquilos e assim, se iniciaram por volta de 1993 as primeiras plantações destinadas exclusivamente a este tipo de vinho.

Em 1999, é publicada a Portaria n.º 86/99, de 12 de Maio, na qual se definem os requisitos a que devem obedecer os vinhos de forma a serem reconhecidos como provenientes da Denominação de Origem (DO) «Madeirense».
Mais tarde, em 2004, é publicada a Portaria n.º 86/2004, de 2 de Abril, a qual confere aos vinhos de mesa produzidos na Região Autónoma da Madeira a possibilidade de usarem a menção “vinho regional”, seguida da Indicação Geográfica (IG) «Terras Madeirenses», para os vinhos tranquilos brancos, tintos e rosados ou rosés.

Com a publicação em 2015 do Decreto Legislativo Regional n.º 1- A/2015/M, de 9 de Janeiro, que estabelece as disposições gerais aplicáveis à vitivinicultura na Região Autónoma da Madeira e da Portaria n.º 40/2015, de 13 de Fevereiro, a DO Madeirense e a IG Terras Madeirenses passaram a poder ser utilizadas, não só nos vinhos branco, tinto e rosé ou rosado, mas ainda, pelo vinho espumante, vinho espumante de qualidade, pela aguardente vínica e vinagre de vinho, desde que obedeçam às condições impostas pelos respetivos estatutos e demais legislação aplicável.

Em 2017, com a publicação da Portaria n . º 395 / 2017 e da Portaria n.º 396/2017, ambas de 9 de Outubro, foram estabelecidos os regimes actuais aplicáveis à produção e comércio de vinho, vinho espumante, vinho espumante de qualidade, aguardente vínica e vinagre de vinho com DO Madeirense e com IG Terras Madeirenses.

Dada a dimensão das explorações vitícolas não ser favorável ao investimento em adegas particulares, o Governo Regional decidiu, no final da década de 90 do século passado, apoiar e incentivar os produtores de vinho tranquilo através da construção de uma adega, prestadora de serviços, que disponibiliza a tecnologia e a enologia para a produção de vinhos de qualidade: a Adega de São Vicente.

Em 1999, a Adega de São Vicente labora pela primeira vez, tendo uma capacidade instalada de aproximadamente 100.000 litros, sendo inaugurada oficialmente em 2000.
Posteriormente, a Adega de São Vicente foi alvo de diversos investimentos com o objetivo de aumentar a capacidade de armazenamento e capacidade de laboração, assim como a introdução de novas tecnologias que visaram a melhoria da qualidade do produto final.

 












Fontes: IVV & WinesOfPortugal & vinhomadeira.com & Governo Regional da Madeira

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