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Regiões Vitivinícolas de Portugal - DÃO

Os vinhos nesta região podem ter as seguintes:
- IG Terras do Dão
- IG Terras de Lafões
(indicação geográfica protegida)
- DO Dão (2.)
- DO Lafões (1.)
(denominação de origem controlada / denominação de origem protegida)



A Denominação de Origem está dividida em sete Sub-Regiões:
(a Região do Dão é composta por 7 Sub-Regiões)
1. Alva
2. Besteiros
3. Serra da Estrela
4. Castendo

5. Terras de Senhorim
6. Terras de Azurara
7. Silgueiros


Não é possível determinar com exatidão quando começou a prática da vitivinicultura no Dão.
Sabe-se que é anterior à nacionalidade portuguesa, sendo claramente um reflexo das diferentes culturas que foram ocupando diversas zonas da Península Ibérica.

Em 18 de Setembro de 1908, uma Carta de Lei estabelece formalmente a Região Demarcada do Dão.
O regulamento para a produção e comercialização dos vinhos aí produzidos surge dois anos volvidos, em 25 de Maio de 1910, com o Decreto regulamentador.
Com esta decisão, o Dão tornou-se a primeira região de vinhos não licorosos a ser demarcada e regulamentada no nosso país.

Rodeada por montanhas em todas as direcções e assente em solos graníticos muito pobres, a Região do Dão estende as suas vinhas dispersas entre pinhais a diferentes altitudes, desde os 1.000 metros da Serra da Estrela até aos 200 metros das zonas mais baixas.

As vinhas são esparsas e descontínuas, divididas em múltiplas parcelas, com propriedades com áreas médias quase insignificantes.

As montanhas determinam e condicionam o clima da região, abrigando as vinhas da influência directa do clima continental e da influência marítima.

Os solos pobres são maioritariamente graníticos.


No interior da região actualmente delimitada com a designação Terras do Dão estão inseridas as DO Dão e Lafões.
No seu conjunto, estas áreas faziam parte da já mencionada região vitivinícola mais extensa que era conhecida como IG BEIRAS.

Na área geográfica actualmente identificada como IG Terras do Dão (correspondente à antiga Zona da Beira Alta, da IG Beiras) encontramos duas áreas delimitadas para a produção de vinhos com Denominação de Origem.

A DO Dão, situada no centro‑norte de Portugal, num enclave montanhoso, encontra‑se rodeada a Poente pelos picos do Caramulo e do Buçaco, a Norte e Leste pelas imponentes serras da Nave e da Estrela, barreira importante às massas húmidas do litoral e aos ventos agrestes continentais.
Esta região, onde as vinhas predominam entre as cotas de 400‑500m, indo no entanto até aos 800m de altitude, possui solos graníticos geralmente de baixa fertilidade, com afloramentos xistosos a sul e a poente. Possui um clima que, embora temperado, é no entanto bastante frio e chuvoso no Inverno, frequentemente muito seco e quente no Verão.

Um pouco a Norte desta região, podem ser produzidos os vinhos com a DO Lafões.
Os solos, de origem granítica com manchas de xistos pré‑câmbricos, são frequentemente húmidos e férteis. A região, contudo, apresenta algumas semelhanças com a região dos Vinhos Verdes, quer pelo tipo de condução das videiras nos campos de cultura, servindo de bordaduras ou encostadas a “uveiras”, em latadas ou ramadas, predominando desta forma a vinha alta, quer pelas características do vinho branco (pouco alcoólico, rico em ácido málico e bastante frutado) e do vinho tinto, com boa capacidade de envelhecimento.

No âmbito da IGP Terras do Dão, foi também reconhecida a sub‑região “Terras de Lafões”, como indicação complementar.


Nas castas brancas salientam-se, para além do Encruzado, as
variedades Bical, Cercial, Malvasia Fina, Rabo de Ovelha e Verdelho. Nas castas tintas, para além da Touriga Nacional, salientam-se o Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz, para além das menos comuns Baga, Bastardo e Tinta Pinheira.

Esta diversidade de castas associada aos factores edafo-climáticos da região, técnicas de produção empregues e saber das suas gentes, resulta num vinho de grande qualidade e apreciado em todo o país:
- Os tintos, aveludados e encorpados, têm um sabor complexo e aroma de frutas maduras.
- Os brancos são suaves e frescos, apresentando um odor frutado.
- Os rosés, leves e refrescantes, têm um aroma frutado e floral.
- E, por fim, os espumantes, elegantes e de bolha fina, são frescos e de aroma de frutas.


















FONTES: IVV & WinesOfPortugal & Vine To Wine Circle & Turismo Centro Portugal & CVR Dão

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